Hoje é o dia em que o Gritando com a Mão abre espaço para um convidado. Nessa semana convidamos Pareta Calderasch, artista cheio de habilidades. CHEIO MESMO! De poeta à webdesigner! Vale a pena conferir a página de Pareta no Facebook: Pense Poesia.
Diz uma lenda que o homem nasceu da mistura de larvas e flores que existia sobre o solo, foi acariciado diariamente pelo sol, lambido pelo vento e beijado pela chuva, até que um dia veio a existir como carne, devido ao amor que as coisas lhe dedicara, assim começou o caminho do homem na terra.
Ele se achava único e poderoso por ser filho de todos os elementos do universo, no meio do seu corpo tinha um pequeno universo que era bem maior que o seu universo exterior, o qual chamou de umbigo. No umbigo constelações explodiam energias cósmicas fantásticas que o fascinava diariamente.
O homem vivia em comunhão com todas as coisas, a terra onde deitava, a chuva que o banhava, o sol que o acordava todos os dias com luz, a lua que namorava todas as noites com as estrelas, o céu, que todos os dias sorria para ele. Um dia foi banhar-se numa cachoeira e chegando lá encontrou um similar, porém, mais belo, ser. Que também tinha umbigo mas não gostava de contemplar sua glória, apenas senti-lo. Seu corpo era como a forma dos rios e das águas era filha, ela se apresentou, mulher.
O homem estranhou aquele novo ser mas logo se encantara, conheceram juntos muitas coisas, por ser filha das águas a mulher era sempre encantadora como o som das cachoeiras, contou-lhe que nasceu numa pequena rocha banhada todos os dias pelo rio mais belo daquele lugar, podia suportar coisas que talvez nenhum ser pudesse e por ser tão forte, de mês em mês, essa força brotava por alguns dias como uma luz tentando romper a escuridão, pois dentro dela existia a gênese, a primeira matéria da qual foi feita o universo e criou todas as coisas.O homem escrevia em plantas todos os dias o que descobria sobre a mulher e guardava no alto das montanhas.
Um dia estavam tão ligados que misturaram seus corpos e começaram a sentir. A mulher sentia a força no umbigo do homem, o que lhe dava determinação e coragem. O homem sentia o amor e afeto do corpo da mulher o que lhe trazia amabilidade e doçura. Foram assim se misturando até que, por serem seres da água e da terra, formaram uma lama. O homem levantou em pânico e fugiu, deixando a lama sobre a mulher que continuou deitada em dores.
Depois daquele dia ele passou tempos afastado da mulher, tinha receio do que tinha acontecido a ela e da culpa que poderia ter disso tudo, a lama no princípio era doce e aconchegante, mas no final causava pânico e tristeza. Um dia, passeando perto da cachoeira ele viu um pequeno homem caminhando, seguiu o homenzinho por um tempo e este o levou até a mulher que lhe disse que usou sua capacidade de gênese para transformar a lama em um novo ser, que tem o umbigo fechado. Assim foram surgindo seres, homens e mulheres, até que eles passaram a se desapegar dos elementos do universo exterior, o que causou grandes instabilidades para eles.
O ventou parou de beijar-lhe e juntou-se as águas para trazer fortes temporais, os seres ficaram cada vez mais unidos para resistir, então a terra dividiu-se para que eles se separassem, formando grandes porções de terra, o céu carregou as águas para ele com a ajuda do vento e lançava cada vez mais forte para baixo, as vezes carregando até mesmo rochas, as rochas que não queriam entrar na briga abriram cavernas para abrigar os seres. Vendo que nunca ganhariam a guerra, a terra tirou do homem a sua capacidade de renovação e o engoliu quando já estava velho como uma terra infrutífera, a mulher em prantos, ao assistir a cena pulou do monte e faleceu na beira do rio.
Assim os elementos tramaram que jamais fariam outro homem como aquele e tentariam ter paz com os seres que sobreviveram da guerra.
Um dia um homem subiu nas cavernas e encontrou as folhas do primeiro homem, leu tudo aquilo, descobriu a grandiosidade da mulher e teve medo. Então ele reescreveu todas as coisas e apresentou para as tribos dizendo que a mulher nasceu no pântano e somente sobrevivera devido aos cuidados do homem e devia ser eternamente grata dando-lhe filhos. Disse também que deveria sempre o homem tratá-la com ternura por ser mais frágil e como o umbigo de todos os homens agora eram fechados, escolheu o falo como cetro para reinar.
Assim que soube que existiam outros seres na terra, empreendeu uma campanha educadora com luz e sangue, matou muitos, destruiu milhões e convenceu seu povo que faziam isso por serem uma raça superior aos outros, por serem os conhecedores das "verdades". Verdades essas que ele mesmo escrevera nas folhas, lá no alto do monte.
Ele se achava único e poderoso por ser filho de todos os elementos do universo, no meio do seu corpo tinha um pequeno universo que era bem maior que o seu universo exterior, o qual chamou de umbigo. No umbigo constelações explodiam energias cósmicas fantásticas que o fascinava diariamente.
O homem vivia em comunhão com todas as coisas, a terra onde deitava, a chuva que o banhava, o sol que o acordava todos os dias com luz, a lua que namorava todas as noites com as estrelas, o céu, que todos os dias sorria para ele. Um dia foi banhar-se numa cachoeira e chegando lá encontrou um similar, porém, mais belo, ser. Que também tinha umbigo mas não gostava de contemplar sua glória, apenas senti-lo. Seu corpo era como a forma dos rios e das águas era filha, ela se apresentou, mulher.
O homem estranhou aquele novo ser mas logo se encantara, conheceram juntos muitas coisas, por ser filha das águas a mulher era sempre encantadora como o som das cachoeiras, contou-lhe que nasceu numa pequena rocha banhada todos os dias pelo rio mais belo daquele lugar, podia suportar coisas que talvez nenhum ser pudesse e por ser tão forte, de mês em mês, essa força brotava por alguns dias como uma luz tentando romper a escuridão, pois dentro dela existia a gênese, a primeira matéria da qual foi feita o universo e criou todas as coisas.O homem escrevia em plantas todos os dias o que descobria sobre a mulher e guardava no alto das montanhas.
Um dia estavam tão ligados que misturaram seus corpos e começaram a sentir. A mulher sentia a força no umbigo do homem, o que lhe dava determinação e coragem. O homem sentia o amor e afeto do corpo da mulher o que lhe trazia amabilidade e doçura. Foram assim se misturando até que, por serem seres da água e da terra, formaram uma lama. O homem levantou em pânico e fugiu, deixando a lama sobre a mulher que continuou deitada em dores.
Depois daquele dia ele passou tempos afastado da mulher, tinha receio do que tinha acontecido a ela e da culpa que poderia ter disso tudo, a lama no princípio era doce e aconchegante, mas no final causava pânico e tristeza. Um dia, passeando perto da cachoeira ele viu um pequeno homem caminhando, seguiu o homenzinho por um tempo e este o levou até a mulher que lhe disse que usou sua capacidade de gênese para transformar a lama em um novo ser, que tem o umbigo fechado. Assim foram surgindo seres, homens e mulheres, até que eles passaram a se desapegar dos elementos do universo exterior, o que causou grandes instabilidades para eles.
O ventou parou de beijar-lhe e juntou-se as águas para trazer fortes temporais, os seres ficaram cada vez mais unidos para resistir, então a terra dividiu-se para que eles se separassem, formando grandes porções de terra, o céu carregou as águas para ele com a ajuda do vento e lançava cada vez mais forte para baixo, as vezes carregando até mesmo rochas, as rochas que não queriam entrar na briga abriram cavernas para abrigar os seres. Vendo que nunca ganhariam a guerra, a terra tirou do homem a sua capacidade de renovação e o engoliu quando já estava velho como uma terra infrutífera, a mulher em prantos, ao assistir a cena pulou do monte e faleceu na beira do rio.
Assim os elementos tramaram que jamais fariam outro homem como aquele e tentariam ter paz com os seres que sobreviveram da guerra.
Um dia um homem subiu nas cavernas e encontrou as folhas do primeiro homem, leu tudo aquilo, descobriu a grandiosidade da mulher e teve medo. Então ele reescreveu todas as coisas e apresentou para as tribos dizendo que a mulher nasceu no pântano e somente sobrevivera devido aos cuidados do homem e devia ser eternamente grata dando-lhe filhos. Disse também que deveria sempre o homem tratá-la com ternura por ser mais frágil e como o umbigo de todos os homens agora eram fechados, escolheu o falo como cetro para reinar.
Assim que soube que existiam outros seres na terra, empreendeu uma campanha educadora com luz e sangue, matou muitos, destruiu milhões e convenceu seu povo que faziam isso por serem uma raça superior aos outros, por serem os conhecedores das "verdades". Verdades essas que ele mesmo escrevera nas folhas, lá no alto do monte.
Pareta Calderasch
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