segunda-feira, 5 de março de 2012

EspiritAtualidade


A competitividade, a insegurança, a informação manipulada, a corrupção, entre outros, são as conseqüências da globalização, causando-nos uma inquietação e arremessando-nos para as doenças do século, como o stress e o câncer.

   Ouvi falar na antiglobalização que é, em síntese, uma corrente que expressa a necessidade de retornar a soberania dos estados, perdida em função da ênfase das organizações supra-governamentais, rever o efeito da era digital que reduziu a capacidade do pensamento de reflexão e do poder de escolha do homem à facilidade do consumo, de respostas prontas empacotadas pela mídia e distribuídas pelas telas globais, em todas as formas de comunicação e tecnologia.

   Como paradoxo, ainda hoje, conheci um homem que, do interior da sua casa aos redores de um município qualquer, me mostrou sua coleção de relógios e me falou de um tempo, ao qual ele não se submete. Pensei: um homem fora do tempo? Não, um homem que vive ao seu tempo...

  Vim aqui falar sobre espiritualidade e, diante da minha ignorância, busquei alguns artigos de lideres espirituais, mestres do assunto, para convidá-los a refletir sobre o caminhar da civilização pelo século XXI, sobre a absoluta necessidade da civilização mundial em alcançar harmonia física, mental e espiritual. Descobrir a sabedora e força interior necessária para tomar decisões e o antídoto para amenizar a tensão, as dificuldades e os temores, são as buscas diárias de toda essa humanidade.

  Paramahansa Yogananda cita com autoridade no cap. VII do livro Onde Existe Luz: “se você mantiver sua mente na resolução de jamais perder a paz, poderá atingir a divindade. Mantenha uma câmara secreta de silencio dentro de você, onde não deixará entrar mau-humor, provações, luta ou desarmonias. Afaste todo ódio, anseios por vingança e desejos. Nesta câmara de paz, Deus o visitará”.

  Avanço com a profunda citação do místico Juan de La Cruz em Presença Divina: “Quando reparas em algo, deixas de arrojar-te ao todo. Porque para vir de todo ao todo, há de negar-te, de todo em tudo, e quando venhas de tudo a ter, hás de tê-lo sem nada querer. Porque, se queres ter algo em tudo, não tens puro em Deus teu tesouro”.

  E finalizo com a pergunta amorosa de Allan Kardec ao Espírito de Verdade no Cap. II do Livro do Espíritos: Qual o objetivo da encarnação dos espíritos? “Deus lhe impõe a encarnação com o objetivo de fazê-lo chegar a perfeição. Para alguns é uma expiação, para outros é um missão. Todavia, para alcançarem essa perfeição, devem suportar todas as vicissitudes da existência corporal; nisto é que está a expiação. A encarnação também tem outro objetivo que é o de colocar o espírito em condições de cumprir sua parte na obra da criação. Para realizá-la é que, em cada mundo, ele toma um aparelho em harmonia com a material essencial deste mundo, mundo, cumprindo aí, daquele ponto de vista, as ordens de Deus, de tal sorte que, concorrendo para a obra geral, ele próprio de adianta”.

  Vimos e, sobretudo, sentimos nestas sabias palavras, uma unidade. Uma perfeita integração de ideais, que nos norteiam e nos explicam que não estamos aqui por acaso, um objetivo maior nos trouxe até aqui, mas que porém, não estamos sós.

  Aperfeiçoar as relações humanas, compreender a morte e o poder da afirmação ou da oração e desenvolver uma relação pessoal com Deus, que pode ser o nosso, ou um só seu, é o nosso maior desafio e a minha proposta. 

  Namastê!

Saionara Nessim

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